Quinta da Água Braia
Quinta da Água Braia
Fátima
A proposta baseou-se na criação de um espaço dignificante de uma casa cujo carácter se modificara de simples moradia para palacete de traços convencionais com anexo de linhas contemporâneas constituído pela piscina interior. A sua localização num promontório potencia o efeito de dominância sobre a paisagem enriquecendo as soluções preconizadas.
O jardim pretendia seguir um ambiente convencional e o seu desenho surgiu no decorrer da possibilidade de se construir um grande socalco e escadaria à imagem dos jardins renascentistas da Toscânia.
Evitou-se com este socalco uma modelação de terreno excessivamente agressiva e recta para o traçado da estrada de acesso à casa, adaptando-a à forma do terreno. Ganhou-se largura suficiente para criar um terraço e aí desenhar o jardim de buxo, pérgola, grottoe e fonte, ligando-a ao lago superior através de uma queda de água em lençol.
Preservaram-se árvores de grande porte cuja presença garantia a antiguidade, a sombra e o complemento estético fundamental à casa e à grandeza do jardim.
Introduziu-se uma forma estética e funcional de ver os veados sem que estes estivessem em contacto directo com o jardim – o sistema dos jardins paisagistas ingleses – com desnível e vedação enterrada.
Propôs-se um lago sem bordos em granito negro com 40m de comprimento de forma a espelhar a fachada e a paisagem envolvente, e criar uma transição suave entre o jardim e a casa.
Coordenação de Projecto
Cristina Castel-Branco
Assistência de Projecto
João Albuquerque
Área
5 ha
Estado
Construído
Cliente
Eng. Joaquim Rodrigues
Data
2000
Observações
Este projecto ganhou Prémio Nacional de Arquitectura Paisagista em 2005 na categoria de Jardins Privados