Quinta das Machadas – Restauro do Jardim

Quinta das Machadas – Restauro do Jardim

Setúbal

O projecto de restauro na Quinta das Machadas de Cima, propriedade de 5.3ha pertença da família O’Neill desde o século XVIII, em Setúbal, incide sobretudo na recuperação das estruturas hidráulicas existentes e originais como poços, noras, tanques, caleiras e aqueduto.

Aborda-se ainda o restauro de muros e pavimentos pedonais assim como o enquadramento visual actualmente desqualificado pela massa de construção urbana visível da periferia da propriedade.

A Quinta preserva ainda hoje o seu traçado original; uma malha ortogonal de caminhos e antigos talhões de produção de laranjas delimitados por uma rede de caleiras que serviam a rega. O Estudo Prévio foi submetido ao cliente, Sr. Hugo O´Neill e a partir de uma troca de impressões e definição de prioridades foram retiradas algumas das intervenções propostas para restauro e aumentadas outras de forma a garantir o restauro de uma área representativa da função de produção que outrora a Quinta teve. Escolheu-se uma área prioritária de visita pelo seu interesse para a história da quinta e os caminhos que levam das entradas até lá tomaram posição prioritária no restauro.

Considerou-se assim prioritário intervir nos seguintes elementos: 
a) Restauro do conjunto hidráulico de Neptuno (Poço/Nora/Fonte de embrechado/ Tanque de Neptuno) 
b) Restauro do conjunto hidráulico do Aqueduto (Poço/Nora/Aqueduto) 
c) Restauro da caleira no caminho do laranjal (Caminho central entre talhões de laranjeiras). 
d) Repavimentação de caminhos pedonais seleccionados como percursos de visita pedonais e de áreas de estadia. 
e) Restauro dos bancos ao longo dos percursos de visita. 
g) Área para estacionamento de visitantes na zona do pinhal (300 m2) – acesso pela estrada das Machadas na entrada a Sul da casa. 
h) Identificação de áreas para produção hortícola e sugestão de plano de plantação: 4 talhões de citrinos, cortinas arbóreas e bosquete de Tílias na área do Poço de Neptuno. 
i) A rega tradicional das laranjeiras por alagamento das caldeiras será substituída por rega gota-a-gota. Em simultâneo pretende-se recuperar os sistemas de poços, noras e tanques para fornecimento de água para a rega pois a disponibilidade em água mantém-se e o lençol freático continua próximo. 
j) Projecto de rega automática para os talhões de laranjal

Coordenação de Projecto

Cristina Castel-Branco

Assistência de Projecto

Raquel Carvalho
Maria Matos Silva

Área

5.3 ha

Estado

Construído

Cliente

Hugo O’Neill

Data

2010

Observações

Subsidiado pelo projecto EEA Grants